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sábado, 29 de abril de 2017

Na pele das ruas



Sim era verão na pele
das ruas
as flores cresciam 
entre a floração das horas
Um trem cego seguia a lua
e eu namorava a alma
das palavras plenas

domingo, 16 de abril de 2017

Mares do coração






O sal do mar
é o que fica
nesta febre
em que se recostam
brisas
Como a vertigem
que segue
as vidas dos
pescadores
de palavras
que ecoam
dos mares
do coração
Como as verdades
que movem
suas jangadas
de ventos
que tangem
como versos
a borda
da imensidão



terça-feira, 11 de abril de 2017

Biografia literária

O escritor Francisco Orban é poeta, jornalista e Mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Autor dos livros Sobrado das Horas (Taurus-Timbre, 1990) prefaciado por Antonio Houaiss, e de Cesto das Canções com Pássaros (Leviatã, 1994). Publicou em 2001, o livro Recomendações aos sonhadores, prêmio Mar Absoluto -Cecília Meireles, concedido pela União Brasileira de Escritores. Dois anos depois, recebe o Prêmio Walmir Ayala,(UBE) por seu livro, Estaleiros de Vento, e publica em 2004 a fábula infanto-juvenil O Cavalinho de Água, adotada pelo Programa Nacional do Livro Didático-SP Seu penúltimo livro, com o título de Os Anzóis da noite, é lançado em 2006 pela editora Booklink, ano em que, seu livro Estaleiros de Vento,(editora Orobó), torna-se um dos finalistas do prêmio Jabuti. O poeta lançou em dezembro de 2008, seu novo livro Terraço das estações, e publica agora pela editora Kazuá, sua obra reunida com o título de "No País dos estaleiros". Sua poesia tem sido elogiada por Geraldo Carneiro, Antonio Carlos Secchin, Alexei Bueno e André Seffrin: Francisco Orban -e-mail   francisco.orb@oi.com.br

Inventários




Entre as muitas vidas
que trago
só uma pertence
a mim.
As outras são inventários
de países inventados
de onde voltei
saciado
com os olhos
descansados
de horizontes
sem fim

segunda-feira, 10 de abril de 2017

Movimentos de vento








Atada palavra 
exilada em seu muro de silêncio
Como tirá-la de seu calcário destino
onde a noite em si embutida
não lhe elabora um sentido?

Como trazê-la para a luz
dos acontecimentos
para que os seus movimentos de vento
aqueçam a alma do mundo?

terça-feira, 4 de abril de 2017

O poema de água

             

Não que fosse do mar
a tez da tua pele
Os mapas para te achar
perderam-se pelas estradas
não as reais pedra ou água
ou das almas velejadas

O mapa para te achar
perdeu-se nessas ruelas
na argila do teu silêncio
distinto do oceano
e tudo o que vivemos