Poesia Brasileira Contemporânea Francisco Orban
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quarta-feira, 26 de setembro de 2018
O grande silêncio do mundo
Ao grande silêncio do mundo
eu contraponho a palavra
e ela sempre refaz-se
nos estaleiros da alma
sexta-feira, 7 de setembro de 2018
Pernoite
meus barcos são as palavras
com que pernoito em mim mesmo
até que o dia renasça
dessa noite e seu avesso
visão dos meninos
E ao divagar sem mais chão
resgato a visão dos meninos
que com tão poucos caminhos
refazem-se com a imensidão
O que dizer?
Agora que os barcos da noite
se desgarraram do cais
o que dizer aos que sonham
no emaranhado da paz
Para mim
Guardo para mim o silêncio
e faço dele
jangadas
Eu por tão pouco e por nada
guardei das palavras
as almas
Enredo
Os navios me mantêm
e em seus caminhos me enredo
Só pego as rédeas da vida
quando navego no incerto
Quebração das horas
Me atenho ao sentido do mundo
sem nunca alcançar sua orla
e remo com as palavras
pela quebração das horas
Se tudo não se acertar
Se tudo não se acertar
seremos cantores mudos
mas quem nos alforriará
de sonhadores no mundo?
Vales e andaimes
Quanto de mar nessa palavra
que nos revela horizontes
quanto caminho a andar
em seus vales e andaimes
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