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quarta-feira, 26 de setembro de 2018

sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Pernoite

meus barcos são as palavras
com que pernoito em mim mesmo
até que o dia renasça
dessa noite e seu avesso

visão dos meninos

E ao divagar sem mais chão
resgato a visão dos meninos
que com tão poucos caminhos 
refazem-se com a imensidão

O que dizer?

Agora que os barcos da noite
se desgarraram do cais
o que dizer aos que sonham
no emaranhado da paz 

Para mim

Guardo para mim o silêncio
e faço  dele jangadas
Eu por tão pouco e por nada
guardei das palavras
as almas

Enredo

Os navios me mantêm 
e em seus caminhos me enredo
Só pego as   rédeas da vida
quando navego no incerto

Quebração das horas

Me atenho ao sentido do mundo
sem nunca alcançar sua orla
e remo com as palavras
pela  quebração das horas

Se tudo não se acertar

Se tudo não se acertar
seremos cantores  mudos
mas quem nos alforriará 
de sonhadores no mundo?

Vales e andaimes

Quanto de mar nessa palavra
que nos revela  horizontes
quanto caminho a andar
em seus vales e andaimes