Poesia Brasileira Contemporânea Francisco Orban
Total de visualizações de página
quarta-feira, 23 de janeiro de 2019
Enseada
Eu a despi pouco a pouco
uma mulher tão linda
que tinha o gosto das águas
Nos olhos as luzes do porto
nos seios toda suada pelo
alvoroço e o abandono
chamava-me de
meu amor
e o mar era nossa enseada
terça-feira, 22 de janeiro de 2019
Sob o brilho da lua
Que posso mais eu querer
o rei que deixou-te nua?
A noite traz labaredas
que ponho nos meus afagos
O amor é um rio doce
que
me abres em teu
corpo
E tudo em torno é silêncio
menos o brilho da lua
que testemunha teus seios
só para mim apontados
enquanto teus beijos me levam
para um país encantado
Veleiro passageiro
Este navio não segue o curso
de um rio.
Enroscado nas redes
que o enredam
não se inventa de outra
forma
E não ousa pensar-se
nem como um veleiro
passageiro.
No descampado mar
que o acolhe, não percebe
que é a si mesmo que estorna
ao afogar-se no ocaso
do que é apenas ensaio
mas que pensa ser destino
sábado, 19 de janeiro de 2019
Agosto
Agosto se despede
com as águas das enxurradas
nas ruas eu jogo as tarrafas
nos horizontes sem fim
Qual veleiros
Aqui onde nasce o mar
nunca chega teus olhos
de mim para sempre distantes
qual veleiros no horizonte
domingo, 6 de janeiro de 2019
Comensal das águas
Então foi do mar que me veio as palavras
e eu que era um menino de vento
a seguir barcos e enseadas
.
tornei-me um comensal das águas
sábado, 5 de janeiro de 2019
O poema de água
Não que fosse do mar
a tez da tua pele
Os mapas para te achar
perderam-se pelas estradas
não as reais pedra ou água
ou das almas velejadas
O mapa para te achar
perdeu-se nessas ruelas
na argila do teu silêncio
distinto do oceano
e tudo o que vivemos
Postagens mais recentes
Postagens mais antigas
Página inicial
Assinar:
Postagens (Atom)