Incumbir-se do mar foi tarefa maior que meu sonho. Nisto me enganei mas a sombra luminosa de um poema me leva Nas suas dunas eu cresço, pois sei dos endereços ruas e vilas onde as palavras me cercam. Sou do mar e emigrante de suas metáforas incertas. Nas costas das palavras esculpo a senha dos habitantes dos sonhos. Agora talho na matéria da noite o que restou do mundo errante.
Do livro "Terraço das estações" de Francisco Orban