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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Navios do mar

Navios do mar
recostados no movimento
da tarde
Quantas vezes contemplei
seus destinos
Enquanto o vento da paisagem
sobre outubro e seus verbos
folheava as rimas do improvável


Há quem me traga
agora
seus caminhos sem costados
A tese de seus passageiros cegos
o mapa de seus mundos submersos
Enquanto eu
refaço em mim
o percurso de seus visionários
As dunas dos aquáticos
diálogos
que ficaram nos caminhos
do mundo

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