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quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Beijos e danos


Agora diante das ilusões mortas
resta puxar a carroça sem rodas
dos danos
Com as costelas expostas 
e o verbo viver já surrado
resta  alimentar-se
dos resquícios dos nossos beijos ´
resvalados 
Eu que te amei fora das estações
do desencontro 
não distingo as palavras que te trariam de volta
E não adianta dizer meu amor
porque a voz (como num sonho)não acompanha o pensamento
e para ti a palavra amor vinda de mim já não é nada
ou talvez só te remeta à esta carroça 
no meio desta estrada sem volta

            Francisco Orban

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