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sexta-feira, 13 de abril de 2012

Laje da madrugada




Na laje da madrugada
cumpro o poema
roto feito minha vida
já passada por tantos caminhos
E das calçadas da alma
o poema luta para nascer
não feito ente mas um ser de asas
e muitas madrugadas
por percorrer

Na laje da noite esculpo o poema
áspero  como eu que o habito
e que ele refaz todos os dias

E com o poema
tenho de novo
a procuração dos navios
a rota de janeiro
e o gosto de renascer               

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