As palavras pelo mundo
eram puro movimento
A cada momento as buscava
com minhas redes de vento
A cada instante as soltava
como pássaros ao nada
mas para mim retornavam
num movimento crescente
Voltavam como cardumes
ou mesmo como matilhas
de coisas a serem ditas
Pousavam sempre inocentes
na noite feita de águas
com seus lumes e semblantes
no colo da madrugada
Mas nossos laços na vida
um dia fizeram-me ver
que elas eram de facas
de terremoto e armadilha
Elas sim que nos criavam
éramos seus bumerangues
É... as palavras são dóceis, às vezes, manipuláveis... mas extremamente poderosas. Reunidas num poema, quem pode controlar seu voo?
ResponderExcluirAbraço!