A Bala é um ser quase mudo
não fosse
seu estampido
que fere
seres e falas
e a
harmonia do mundo
A bala
com seu plano sujo
não faz
concessão a nada
resvala
pela madrugada
mas só
para abrir uma vala
E a
madrugada que a acolhe
que afaga
vento e estrela
não sabe
que ela é em si
um erro
da natureza
Da
natureza do homem
que a
produz e consome
que a
adestra e a solta
como um
cachorro sem dono
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