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terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O Aparador de sonhos

O APARADOR DE SONHOS

                    Francisco Orban

O menino entrou pela casa com o Aparador de sonhos nas mãos. A princípio o bizarro artefato só meu causou curiosidade. O Aparador de sonhos era um pequeno objeto xamânico , constituído de  uma diminuta argola revestida de uma rede, e ornamentada com uma pena de ave em forma de haste. Rezava a lenda  que os sonhos maus ficavam ali para sempre retidos. Eu, com o meu realismo, estava no século XXI, num mundo abarrotado de razão, equações quânticas  e máquinas de toda ordem, mas ele com seus oito anos, estava no primeiro século da história humana e para a sua mente o aparador de sonhos era uma realidade tão concreta, quanto os alaridos dos milhões de carros que corrompiam a tarde  e as ruas em torno de nossa casa. Durante quase uma hora conversamos e o menino dissertou sobre a profunda necessidade daquele artefato lírico, capaz de retirar dos homens os tormentos do inconsciente e lhes devolver a paz dos verdadeiros sonhadores. Aos poucos fui envolvendo-me com seus argumentos, embora reconheça que no início minha aquiescência era mais uma estratégia para lhe fazer contar seu sonho.       Acho que fui conquistado pela candura dos que creem. – se não acredita faça você mesmo a experiência- disse-me então o menino, em certo momento com a voz quase chorosa. Então aceitei o desafio. Levei o Aparador de sonhos para casa, cercado de toda sorte de recomendações, pois o mesmo não funciona próximo às pessoas ressentidas, nem nas mãos dos que se perderam de si mesmos. Em casa coloquei o pequeno artefato em cima da cômoda e dormi exausto. Ali estava eu, fora da área de conforto da razão, quando acordei na manhã seguinte com uma disposição que não tinha há anos. Na noite seguinte...  (Continuação no link  abaixo)



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