Levavam a mirra
para o que ainda nasceria
com a terra sob os pés
e águas diluvianas próximas
Dentro do corredor da noite
levavam nas mãos
a palha dos anos
o rosto crucificado
de um Deus
Não fosse a ordem
que os fazia caminhar
pelo deserto
seriam outros
Não guardariam em si
as dunas silenciosas
da imensidão
Francisco Orban
Muito belo o seu poema, como sempre.
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