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quarta-feira, 9 de março de 2016

Lua




Uma lua de prata pousava em seu rosto Não era agosto, não era nada. Só a lua de prata que o seguia. Então quis deixá-la, arrancá-la do norte da alma, mas ela com sua ausência o buscava. Viu então  que tinham remos e um rumo ao outro remava. Viu então que tinham os rostos da natureza das águas. Tentou esquecê-la, mas ela retornava; tentou então esquecer-se, mas sempre voltava para si. Tentou por fim dar-lhe o mar. O mar e seu país azul, os búzios de uma ordem naufragada. Mas nada foi possível. Então fugiu para dentro da noite, com os seres debandados de um sonho. E foi pior; na noite a lua reinava.

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