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quinta-feira, 28 de agosto de 2025

Iniquidade

 


 

Corre se não a iniquidade te atinge

Neste país de pó e fuligem

vá e leva as auroras boreais

que nunca viste 

nos alforjes das alforrias provisórias

Deixa para trás

o pelourinho dos dias iguais

as acusações intransponíveis

os amigos mortos

e o balanço sempre postergado

e refeito

do que é certo, do que é direito

do que é doce, do que ensandece

na carne seca da noite

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