Não é porque dormes
Marina
dentro de um país
sitiado
que esquecerei nossa luta
nem os versos itinerantes
nem os bancos das praças
onde dormíamos
porque não havia
mais endereços
não é porque caímos
neste cotidiano das palavras
que esquecerei
do espírito do mundo
pregado na nossa pele
quando o mal era uma canção
sem versos
e o bem era o silêncio ao longe
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