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terça-feira, 31 de outubro de 2023

Enseadas

Navios do mar

Minhas enseadas insones que deixei

largadas ao relento


Navios do mar

Já tive o tempo do mundo

e me escorreu pelas mãos

como as luas que plantei

em tuas pátrias de vento


Hoje toco com os dedos

a tez invisível de seus dorsos

de onde advém a matéria salina

e sem rosto

com que teço suas sagas


(Do livro "Terraço das estações"

                                    de Francisco Orban )






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