Navios do mar
Minhas enseadas insones que deixei
largadas ao relento
Navios do mar
Já tive o tempo do mundo
e me escorreu pelas mãos
como as luas que plantei
em tuas pátrias de vento
Hoje toco com os dedos
a tez invisível de seus dorsos
de onde advém a matéria salina
e sem rosto
com que teço suas sagas
(Do livro "Terraço das estações"
de Francisco Orban )
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