Dezembro não pertence mais as águas
agora é só uma notícia
uma casca da madrugada
descida da árvore do tempo
Dezembro não vem mais com o vento
e em minha pele trava embates
com as marcas de outras estações
As palavras ancoradas nas marinas
de Março
também acolhem dezembro
Só pelo hábito
de afagar seu rosto
(Do livro "Terraço das estações"
de Francisco Orban)
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