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terça-feira, 31 de outubro de 2023

Fora dos presságios

 Outubro está solto. Entre as unhas a pele

do teu corpo. Também as garrafas que joguei 

ao mar não voltaram com o teu nome em

um velho verso. Não voltaram e fizeram deste 

ato, um jeito de navegar. Também naveguei de mim

Para longe do que sou e do meu amor por ti.

Para os territórios da renúncia, onde moram

os viajantes da espera. Isso me soprou um dia 

o mar através de um dos seus mínimos seres.

Um búzio expelido das águas, revestido por

canções de água e que  ainda levo aos ouvidos, 

a sussurrar você


 



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