Espreito as pétalas do poema
denso de noite e agonia
Nele residem acesos
nacos de sabedoria
Nele fica a antiga tessitura
da palavras que em mim
ainda restam
Espreito o que fica do poema
que guarda em seu caroço
a tez do dia
Espreito este poema
em busca do que fomos antes
das mágoas
Antes de acatar espurias leis
que desataram a tez da madrugada
Antes de apagar
o lampião da palavra
o livro "Terraço das estações"
de Francisco Orban )
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