Salta a lua na noite. Tudo é a imensidão do agora
Aqui estou no epicentro de um rio. Mas a mão de uma
menina me busca e me leva para a calçada das horas, onde
sinto a tez das águas. Ela me diz dos caminhos do mundo
onde a esperança desagua. No meio da chuva estava o amor
como uma granada calada. Levou-me pelas ruas do tempo
onde os pioes e as palavras dormem ainda em estado nulo
Salta o crepúsculo sobre muros e brotam poemas que se
guardam. Ao ir-se com um beijo em meu rosto me diz que
os abismos, já foram canções descuidadas
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