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terça-feira, 19 de novembro de 2013

Espreita

Espreita


Espreito este poema
denso de noite e agonia
Nele residem acesos
nacos de sabedorias

Nele sinto a antiga tessitura
da palavra  lapidada que resta
Espreito o que ficou deste poema
que guarda em seu caroço
a tez do dia

Espreito este poema
à luz do mundo
antes de acatar rígidas leis
Antes de desatá-lo
da tez da madrugada
Antes de apagar
o lampião da palavra

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