Sou um cigano antigo
de uma época antiga
Estou nessa cidade
de paraquedas
e meus olhos destilam
violinos e barcos a vela
Sou um cigano
no meio de uma cidade
moderna
e meus pés pisam o chão
de um país sem fala
Não sinto o chão dos tombadilhos
as luas
os sinais dos cometas
Sou um cigano antigo
na orla do tempo
com um brinco
na orelha
Do livro " Sobrado das horas"
de Francisco Orban
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