Por ser um sonhador
quebrei o rio das falas
onde tudo se dizia
Envolvi-me com o grande
país do nada
onde o mar das horas
navegava
Imputei à noite
as normas de outra pátria
a poesia como saber sinfônico
Fui um breve escultor
do mundo
imbuído de solidões
gráficas
Arguí silêncios
para a sós com as palavras
profaná-las
Do livro "Cesto das canções com pássaros"
de Francisco Orban
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