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quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Cavalos










Deixaram os cavalos partir. Agora galopam namorando a lua e seguem o rastro dos ventos. Vindos das águas e das ilhas, correm pela noite como dentro de um  transe. Com seus músculos em sintonia com o mundo, os cavalos não sonham as palavras dos homens. Exacerbados pelo enigma que os consome e lhes concede um tempo breve feito de  ternura e fúria.



            Do livro "Recomendações aos sonhadores" de Francisco Orban

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