As ruas de
desespero
e
lembrança
e
os sinos tocando ao longe
A
cidade nas mãos
do
inimigo
e
os duendes nas almas
dos
bichos
As
ruas de desespero
e
lembrança
onde
fomos tantos
e
tão poucos
onde
o gado foi morto
e
deu-se a festa
sob
um rio de risos
e
sangue
Sob as luzes
das
cidades sitiadas
a
oferta era o corpo e a alma
e
comprados eram muitos
e
tantos
os
que foram interrogados
nos
hospícios
nos porões desconhecidos
do
esquecido
onde
jazem os sonhadores
caídos
na noite chamuscada
de
imprevistos
As
ruas de desespero
e
lembrança
a
cidade sitiada
e
em festa
vinho
e sangue
confete
e farpa
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