Que ordem é esta noite e seu cansaço?
Nem a vasta palavra aquece
e todos os meus versos são mormaços
na grande agonia que se ergue
Que noite é esta noite sem terraços?
São sombras e murmúrios suas horas
e tudo é o patíbulo do nada
em sua correnteza que se alastra
Que cais é esta noite sem marinas
a deitar a escuridão que ensandece
e que naufraga o sono dos poetas
das mulheres e meninos ao acaso
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