Soneto do esquecimento
Em caminho do mar navego
desatento
tatuado
pela espera e pela lua-sujeito
sem o
abrigo do tempo ao rigor do momento
vou pelo
mundo pernoitando no que sinto
Minha
mãos se crispou num divagar conciso
calejada
no chão marinho onde me invento
Seres de
noite tramam a trilha das cigarras
para
exaltar na luz poetas esquecidos
Com os
ditames do mar e seu absinto remo
trajando
a indumentária azul dos seus desígnios
sob as
asas e o signo infindo de uma espera
Trago
comigo a trama enorme do alarido
do mar
que se prepara e calmamente aguarda
para os
vencidos reis a festa que se orquestra
Francisco Orban
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