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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Soneto do esquecimento

                  Soneto do esquecimento


Em caminho do mar navego desatento
tatuado pela espera e pela lua-sujeito
sem o abrigo do tempo ao rigor do momento
vou pelo mundo pernoitando no que sinto

Minha mãos se crispou num divagar conciso
calejada no chão marinho onde me invento
Seres de noite tramam a trilha das cigarras
para exaltar na luz poetas esquecidos

Com os ditames do mar e seu absinto remo
trajando a indumentária azul dos seus desígnios
sob as asas e o signo infindo de uma espera

Trago comigo a trama enorme do alarido
do mar que se prepara e calmamente aguarda
para os vencidos reis a festa que se orquestra


                                Francisco Orban

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