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terça-feira, 5 de dezembro de 2023

Quase soneto

 No caminho do mar sigo desatento

 tatuado pela espera epela lua incubido

 Sem o abrigo do tempo e ao rigor do momento

 vou pelo mundo navegando no que sinto


 Minhas mãos se crispam 

 neste divagar conciso

 Calejada no chão marinho

 onde me invento

 Seres da madrugada tramam a trilha

das cigarras

para exaltar na luz poetas esquecidos

Com os ditames do mar e seu absinto remo

trajando a indumentária azul dos seus

desígnios

sob as águas e os sígnos de uma 

longa espera

trago comigo a trama desse imenso alarido

do mar que se prepara e calmamente aguarda

para os vencidos reis a festa que se orquestra


                Do livro de Francisco Orban

                                       ( Paiol das águas)


                                 






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