No caminho do mar sigo desatento
tatuado pela espera epela lua incubido
Sem o abrigo do tempo e ao rigor do momento
vou pelo mundo navegando no que sinto
Minhas mãos se crispam
neste divagar conciso
Calejada no chão marinho
onde me invento
Seres da madrugada tramam a trilha
das cigarras
para exaltar na luz poetas esquecidos
Com os ditames do mar e seu absinto remo
trajando a indumentária azul dos seus
desígnios
sob as águas e os sígnos de uma
longa espera
trago comigo a trama desse imenso alarido
do mar que se prepara e calmamente aguarda
para os vencidos reis a festa que se orquestra
Do livro de Francisco Orban
( Paiol das águas)
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