Salta a lua na noite. Tudo é a imensidão do agora. Aqui estou no epicentro de um rio. Mas a mão de uma menina me busca e me leva para a calçada das horas. Em sua tez sinto a tez das águas. Ela me diz dos caminhos do mundo onde a esperança deságua. No meio da chuva estava o amor como uma granada calada. Levou-me pelas ruas do tempo, onde os piões e as palavras dormem ainda em estado nulo. Salta o crepúsculo sobre muros e brotam poemas que se guardam. Ao ir-se com um beijo em meu rosto, disse-me que não há abismos, apenas canções descuidadas
Do livro "Terraço das estações" de Francisco Orban
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