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quinta-feira, 12 de novembro de 2015

à beira de um carnaval



Eu a amava
e todos os silêncios
nos cercavam
e era quarta feira
à beira de um carnaval
onde lanternas suaves
eram penduradas nas ruas
e algazarras ordenavam-se
nas almas dos homens
Eu a amava
Mais a imaginando do que vendo
e nossas vozes formavam uma sinfonia
pela força do hábito
de nossos entrelaçados cotidianos
de beijos e abraços
e palavras ternas proferidas
E quando nos apartamos
parecia ser só o tempo de um dia
Mas ao tempo de um dia seguiu-se outro
e a este outro somaram-se noites
E assim tem sido
Como se não soubéssemos
que o tempo é uma armadilha

                      Francisco Orban



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