Total de visualizações de página

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Ponto de partida




Como ponto de partida escolhi o vento, para ir aos mares e às ilhas. Navegar foi um jeito que escolhi de refazer cidades. Ando disperso como o bêbado que um dia vi transitando. Fora dos fóruns das ruas não há muita verdade solta. Escrevo como uma forma de surpreender pássaros. De dar continuidade aos avisos que acontecem. Assim, estou nesta empreitada de reunir signos, mensagens, seres evadidos de noites inenarráveis. Desde menino o mar me segue e isto constitui para mim um mistério. Este ato é que me leva a reunir pedras e esfolar palavras, para enfeitar a mágica de existir. Um pouco do que era verbo antes da combustão do cosmos se inaugura neste emigrante que sou.


                  Do livro "Os Anzóis da noite" de Francisco Orban

Nenhum comentário:

Postar um comentário