Que relógio é esse
batendo às cinco da tarde
entre as folhagens do tempo
e as ramagens do nada?
É a noite que o fita
e os homens o habitam
em sua febril batida
nas avenidas das almas
É a noite que o tece
em suas horas cansadas
onde a gestão da vida
em nosso rosto se talha
Do livro "Estaleiros de vento" de Francisco Orban
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