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quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Pelo país da noite




Esperei na orla dos ventos
tua volta
Como um rei que se reconhece
vencido
transitei pelo país da noite
criando palavras
insones

Nada foi o amor
sem o seu rosto
E quando as palavras
tornaram-se engodos
migrei pela exaustão das horas
inadequado e triste
para os poemas de água
que te fiz


               Do livro "Estaleiros de vento" de Francisco Orban

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