Entre resíduos de noites e barcos a vela, fiz a viagem que esperava concluir em um texto chamado terra. Nas mãos trouxe os verbos cansados da pátria de si mesmos. O hábito de escutar o horizonte, os endereços de solidões novas. Entre os resíduos dos versos escritos, trouxe o enigma de uma noite sem volta. Com o rosto crispado de uma terra de sonhos, trouxe as roupas puídas de densos outonos. Do mar e de sua saga trouxe apenas o que me fala: o hábito de desfraldar as suas bandeiras de água.
Do livro "Os Anzóis da noite" de Francisco Orban
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