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segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Extinção







  Outubro está solto. Entre as unhas a pele do teu rosto. Também as garrafas que joguei ao mar não voltaram com o teu nome em um velho verso. Não voltaram e fizeram deste ato um jeito de navegar. Também naveguei de mim. Para longe do que sou e do meu amor por ti. Para os territórios da renúncia onde moram os viajantes da espera. Isso me soprou um dia o mar, através de um mínimo ser. Um búzio expelido das águas, como uma caixa de música que sempre  levo aos ouvidos, a sussurrar você.


            Do livro "Terraço das estações" de Francisco Orban 

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