As palavras que agora nos separam são as mesmas que um dia usamos ao andar de mãos dadas, no nascimento do mundo. Longe, longe das estrelas, aqui estamos sem mais o que dizer, já sem as palavras, que um dia foram os primeiros passos e acalantos que te encantavam e que retornavam a mim através dos teus braços. Agora, só o áspero silêncio enlaço e ele me devolve o mesmo roteiro de estrangeiro, de onde parto novamente para outro cais, além dos mapas náuticos, para outro cais além dos mares e da noite e da desventura de te perder.
Poemas dispersos de Francisco Orban
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