Jogaram meu coração
na curva do rio
Em seu lugar
nasceu uma árvore
de madeira de lei
mas sem a voragem
dos que percorreram
outonos em transe
sem a folhagem
que cobria os canteiros
da terra
sem a fé dos dançarinos
de Deus
De extinção entendo eu
esse que segue
sem seu coração
de menino
Do livro "Estaleiros de vento" de Francisco Orban
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