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sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Poema para o pai







Pai
o que faltou de ti
para abarcar
sobrou de mar
e pescarias
ao luar
O que faltou de ti
para compreender
sobrou em mim
para te reescrever
O que em ti faltou
para me perder
sobrou em mim
para te achar
Agora te levo
como um menino
pelas dunas
do entardecer
e me perguntas
se sou teu pai
e me indago
se és meu filho

                  Do livro "No País dos estaleiros" de Francisco Orban

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